24.11.09

Ser ou Não Ser ? Eis a Questão.

Certa vez conheci um cara que tinha um sonho simples, ele queria ser mendigo. Conhecendo-o bem como eu conhecia, destarte me pus intrigado, afinal ele sempre pensa muito nas coisas e tem compulsão por explicações lógicas ligadas por raciocínios avessos.
Dai que a resposta era igualmente simples, ele simplesmente achava que estar totalmente fora do sistema era uma coisa boa.
A mendicância é crime, ou seja, mais subversivo impossível, a ele agradava a idéia de ter todo o tempo da sua vida pra si próprio se recusando aceitar que o conforto previamente imposto como pote de ouro no final do arco-íris fosse o único possível para uma pessoa se satisfazer pessoalmente, ora, se a satisfação é pessoal, a pessoa é quem determina.
Óbvio que essa satisfação pode ser determinada pela busca do prazer, porém não é necessário que esta coincida com a satisfação pré-fabricada imposta pela sociedade de consumo, embora muitas vezes haja a intersecção.
Hoje eu ajudaria a ele em sua tese complementando que se é mesmo impossível fruir dos direito de igualdade e liberdade, antes levar a liberdade ao máximo, deixando ao livre arbítrio o poder de não ser nada na vida, e ser feliz mesmo assim.
É pragmático e problemático, soa ridículo porque achamos que estamos no caminho certo, lutando com todas as nossas forças e nosso engenho para nos inserirmos com êxito no sistema, às vezes sem nos perguntarmos porquê.
Você já se se perguntou por que você quer o que quer, e por que e por que?

Algumas pessoas que usam sua criatividade e talento de um modo alternativo:
















17.11.09

THEM CROOKED VULTURES




Não há muito o que dizer, é simplesmente o bom e novo Rock And Roll.

26.10.09

Mais Animus Animais

Sexta-feira passada fui doar sangue, sim meus caros, a calhordagem está à solta por ai. No entanto, os hospitais são lugares que me deixam desconfortável, somos nós, a raça superior, em seus dias inglórios. Não bastasse o estupor que me dominava ao ser integrado à massa humana do transporte público, e partilhar da sina de um idoso de coluna em riste apoiado em seu manche manobrando e administrando os solavancos físicos (do trem), e mentais (da indiferença das “pessoas” aos assentos preferenciais), tive o ânimo recobrado pela possibilidade de assistir a uma aula na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, a saber, da cátedra de Sociologia Jurídica, mais precisamente acerca do Cara: Karl Marx.

O assunto não era novo, mas de tudo que foi dito duas coisas me chamaram a atenção: A composição da Classe Improdutiva, e o Povo como Animal.

Comecemos pelo Povo (classe da qual não faço parte claro): nas sociedades modernas, o homem não é mais aquele ser que se realiza através de seu trabalho, pelo contrário cada vez mais o processo de produção industrial tende a alienar o homem do produto de seu trabalho desvinculando o mesmo do sentido de integração social como parte funcional importânte para o desenvolvimento pleno da sociedade. Com esse processo de não identificação, os trabalhadores tendem a canalizar seu tempo livre em prazeres primitivos como se alimentar, dormir e fazer sexo, o que lhe aproxima à vida de um animal, sem motivos pra ser diferente disso. Pois então, o homem quando obrigado a vender sua força de trabalho, considerada a única mercadoria capaz de produzir mais do que seu valor de custo (entende-se por valor a quantidade de trabalho aplicada à um determinado bem da vida), acaba por vender também sua racionalidade estreitando o limiar que o separa de sua condição animal.

Agora passemos à minha classe, a dos improdutivos: na lógica da estratificação social há aqueles que produzem os bens da vida necessários a nossa sobrevivência e a nossa satisfação material, são operários, agricultores, produtores em geral. Enfim, se são estes os que produzem, que são aqueles tantos outros como Médicos, Advogados e Professores por exemplo? Sim nós prestamos serviços mas não produzimos nada, somo improdutivos pois. (Deixo esse tema para uma análise posterior se vier a calhar).

No que tange a meu desencantamento do mundo, concluo que pra me despistar do trabalho dispus de um estratagema legal que me garante uma folga em troca do meu sangue (no sentido literal), e que nessa “nobre” desculpa pra evitar a alienante improdutividade que decorre da venda de minha força de trabalho animal, não pude me distanciar de meus instintos mais primitivos ao fazer um brinde à vida ao melhor estilo foda-se.

Boa semana.

17.10.09

No que vale a pena ser pensado?

Algo de obscuro paira no ar enquanto me defronto com a minha própria realidade acadêmica, que de certa forma é minha realidade quase que integral afinal meu mundo orbita em torno da graduação e da aquisição de conhecimento.

Tendo em vista o fato iniludível de ser este curso a que me dedico, o de Direito, daqueles que se aperfeiçoam com uma famigerada redação de conclusão, vejo que meu ar começa a rarear, e o sufoco de delimitar um tema me compele a elucidar inúmeras hipóteses de abordagem reflexiva. O que, no entanto, pode parecer exagero de um aluno afoito, confesso-lhes que não é, e digo, pois, tendo em vista o horizonte tênue que me separa da conclusão do segundo ano, que tenho compilado informações demasiado importantes na sublimação de meus pressupostos teóricos e minhas posições no debate social, filosófico, político e, sobretudo jurídico, fato que me tem posto em cheque nas seguintes questões: Depois de tudo, vale a pena prosseguir na ânsia do “saber”? Se sim, o que vale a pena ser pensado?

Confesso que é penoso, pois, quanto mais eu conheço, mais o nó se aperta em minhas mãos. Eu que nem havia me dado conta desse nó. A saída lógica para a primeira questão é indubitavelmente pragmática, e nem o poderia deixar de ser afinal a lógica da qual se trata não passa da boa e velha lógica instrumental com respeito a fins, que é pensar em como o “saber” me pode ser útil. Ando com um pensamento de certo modo vergonhoso e subvertido de usar o conhecimento teórico e técnico para manipular a realidade, mas isso não é prazeroso, pois quanto melhor eu for em transformar tudo em um jogo, tanto menor eu serei de mim mesmo no final. O grande problema é que a resposta poética do “saber pelo saber” já não é tão atraente quanto fora, uma vez que me mune de argumentos implosivos e autodestrutivos.

Sadicamente continuando, e tendo em vista as obrigações monográficas, digamos que a resposta pragmática seja minha peneira contra o sol e passemos à segunda questão, esta sim corrosiva. Um ponto é claro, dentro de uma faculdade de Direito urge que se pense em temas jurídicos, ao menos para uma graduação, para não correr o risco de recair em um círculo retórico sem fim de abstração intangível, quiçá ininteligível, ou mais uma vez, inútil e sem utilidade prática (sem pretensões científicas, claro). Porém, quanto mais o cerco se fecha, ao invés de facilitar, a minha vida só se complica, ora, se minha habilidade maior versa sobre as questões abstratas, filosóficas, políticas e sociais, como transpor o dilema? Em princípio a opção mais fácil é pescar no mar jurídico um tema qualquer e dobrar o verbo sem finalidade outra senão concluir o curso, claro que isso me frustraria imensamente, mas, de antemão considero essa como última opção. De mais a mais, lendo manuais de monografia jurídica, em deliberações com professores, amigos em situação semelhante, compartilhando aflições, pude chegar a um esqueleto esquemático que esse configura em: usar o arcabouço teórico como pano de fundo pra uma questão jurídica de relevância pessoal que me catapulte de vez pra pesquisa.

Mas que questão jurídica de relevância pessoal? Constitucional seria a escolha mais adequada às minhas outras aptidões, porém, ao final do segundo ano da matéria, sairia como entrei senão pela leitura da Carta e de um manual capenga. Estou aberto a sugestões.

4.10.09

De mosaico, nada

Barbudo mais lindo ever

Com o jeito mais interessante ever

Um ar displicente

Uma arrogância

Um charme

Um nao-sei-o-que de maroto

Um - tanto de coxa

Um olhar de 'estou num patamar acima de você'

Um olhar, por vezes, de maluco de pedra

Um cabelo enroladinho feito anjinho

Que não é

Um pique-pique de palavras que se montam muito bem

Umas frases soltas que se encaixariam em cenas diversas

Um pescoço dos mais macios

Juntamente seus olhos...

Esses, indescritíveis

Passam coisas demais

Que não podem ser soltas assim a todos

Às vezes capto algo

Mas de resto, são suposições

Assim como as mãos.

Supõe-se que suas mãos sejam suas

Mas tenho a leve impressão de que às vezes sejam minhas

Quando eu não mais as sinto

Ou então, se as sinto, prefiro que não sentisse

Pra que se escolher o duplo, se se pode ter o uno?

Enfim

Creio que me perdi em palavras demais

Mas é tudo assim

Um turbilhão de imagens e sons e gestos e sílabas

Que ainda me farão louca, por Deus!



29.9.09

Paz Fail !

Tudo bem que eu amo humor negro, mas esse cara é o maior do mundo ! Estrangular a pomba e fazer Alelúia em plena clebração da paz, só pode estar querendo me matar de rir! Amém !

Detalhe pra o duplo twist carpado da ave.

17.9.09

Ainda Não Ouviram ? então Ouvam !


Novo álbum da banda britânica extremamente foda MUSE, com mistura de Música Clássica, Muito Piano, Baixo Distorcido, Rifs Marcantes, Vocal Melancólico em Críticas Políticas e Biológicas, porém também falando de Amor.
Esse quinto álbum é tributário direto de Queen, mas isso já não é novidade, desde o lançamento do Single, United States of Eurasia.
Ouçam Unatural Selection - lembra bem o muse antigo, só que com introdução de órgão de fole, uma pegada de metal, e aqueles finais peculiares das versões ao vivo.
Ouçam I Belong to You - Paguei pau pro solo de Fagote, nunca tinha visto fora de orquestra, sem contar a parte em francês, muito bonita.
Dai, reservem dez minutos de suas vidas para o deleite das três partes de Exogenisis.
Dica.

WALLEMANHA



Essa observação pertinente acerca do filme WALL-E da Pixar foi primeiramente percebida pelo meu amigo Décio, porém tomo aqui a liberdade de traçar o esboço do raciocínio, enquanto ele mesmo não escreve.

Assisti inúmeras vezes e principio minhas colocações por um elogio as idéias originais dos autores, ou pelo menos as que foram expostas pelo diretor nos comentários. Trata-se da idéia de um robô que ficou sozinho na Terra, e para que isso pudesse acontecer seria preciso que o planeta tivesse se tornado um ambiente inóspito, o que foi fácil de conseguir imaginando a poluição desmesurada que provavelmente aconteceria em uma sociedade de consumo.

Essa idéia, em nossa opinião, faz remissão ao pleno desenvolvimento do capitalismo de mercado e da sociedade de consumo, que provavelmente irá exaurir os recursos naturais do planeta. Outra remissão vem de outra idéia, nascida na Revolução Industrial, de que a mão de obra ficaria a cargo das máquinas, e que o homem, superado o trabalho, poderia se dedicar a outras atividades menos extenuantes. Porém, pode-se concluir que essa sociedade auxiliada por máquinas e adequada ao sistema de consumo, seria uma sociedade exclusivamente de consumidores, e como já foi observado, com o consumo elevado a poluição se eleva, e os recursos rareiam.

Passemos agora a Axion, a nave que as pessoas que puderam fazer seu cruzeiro usaram para escapar da destruição do Planeta. Aqui creio que fica subentendido o fato de que não caberia toda a população mundial em uma nave, e portanto o critério que seria utilizado para fazer o famigerado "cruzeiro de cinco anos" seria, mais uma vez, o econômico, dando a entender que quem não teve recursos pra comprar sua passagem, fatalmente morreu.

Uma vez dentro da nave, o sistema político adotado é praticamente um Socialismo de Estado, já que o "piloto automático" garante a divisão equalizada dos meios de produção da vida dentre seus tripulantes, e não se pode delimitar uma estratificação social. A crítica do filme é pungente quanto a alienação total dos tripulantes feita por meio do controle da tecnologia pelo Auto, que representa os interesses da BnL, o interesse na alienação fica respondido pelo protocolo direcionado aos pilotos automáticos que alerta das condições temerárias em que se encontra a Terra.

Em nossos primeiros contatos com as teorias políticas, à luz do questionamento recorrente da má divisão da sociedade e da desigualdade como um todo, sempre fomos levados a questionar se haveria uma solução para o problema de equilibrar direitos tão antinômicos como a Liberdade e a Igualdade. Uma resposta que valorize os dois direitos parece inatingível, como propõe Bobbio. A resposta mais convincente seria a da Social Democracia, porém sempre que um estado social democrata "divide" a riqueza entre seu Povo, pode-se pensar que há uma diminuição na exploração desse povo, porém, se é verdade que tal grupo de pessoas tem minorado suas mazelas causadas pela lógica do acúmulo de capital, fato também o é, que essa diminuição se trata na verdade de uma transferência do ônus para outros países. Essa é a força motriz da Globalização, porém a transferência da exploração de "mais-valia" é palco pra outra discussão.

No que tange a análise de WALL-E, vislumbramos a resposta pra questão da antinomia supracitada na simbiose entre Social Democracia (entendida como o estado remediando o capitalismo, haja vista que a superação do modelo está descartada) e os meios de manutenção da vida garantidos tecnologicamente propostos no filme. Pensamos que é possível em WALLEMANHA.

16.9.09

Tente Isso Em Casa



Será uma seletiva para o Cirque du Soleil ?
Será um teste avançado para o novo Pogobol ?
Será um novo sistema de absorção de impacto?
Será uma encoxadinha básica?
Será que o tornozelo dele torce?
Não fique na dúvida, Tente Isso em Casa!

13.9.09

Primeiro Poema


Sólido o concreto em que sustento insolitude

Pois tudo se esparrama tão depressa

Com apetite, destarte invade em amplitude

Permita que te consuma e jamás cessa

Me alimente, alimente, agora, imediatamente

Insaciável lume vívido ilumina os olhares

Todo oxigênio consimido pura e loucamente

Sabor vervmelho, sabor vermelho intenso

Off. fe. gant.... aprecia todo gosto convergente

O prazer é imenso.

8.9.09

Excesso de Sentido

Mais uma prova daquela velha teoria que diz que quando se trata de Arte, uma vez que a "obra" está pronta ela não pertence mais ao artista. As vezes eu faço poemas sem sentido aparente e espero uns meses e derrepente ele ficam a coisa mais clara do mundo. Certa vez o Rodolfo me disse que foi a um show do Oswaldo Montenegro, e ele confessou que tinha uma música que ele (Oswaldo) havia feito e que era questão corrente nos mais famosos vestibulares do país, o que acontece é que os crítico atribuiram tanto sentido à musica dele que nem ele conseguiu acertar a questao da prova (depois acham que estão selecionando bem).

7.9.09

Associações Perigosas II

O problema de associarmos pessoas à músicas é que as músicas são eternas.


Associações Perigosas

3.9.09

Ninjas também amam !





Explicações pertinentes: devido a profícua colaborção dos meus três leitores preferidos, quiçá os únicos, esse post precisou de um novo título para se adequar as evidências, não se trata de um caso urbano de limpeza de vidros, e sim de um ninja e professor de aikido, tirando uma merecida folga depois de cortar umas cabeças de malditos devedores de uma rodada de gamão. Fato é que o romance não isenta nem os mais gélidos corações haja vista as flores compradas no wall mart 24 horas. continua...

Ócio Criativo

Sem isso não dá eu estava indo bem até nessas postagens, mas é só eu começar a estudar filosofia que parece que meu cérebro trava. deve ser uma certa incompatibilidade de objeto (ó a influência).
Acho que eu tô meio de mau-humor, sei lá essa semana só se arrasta, e eu sem chão. Deve ser isso se arrastar onde não tem chão é complicado.
mas como ninguém merece compartilhar de um azedume desses vou postar uma imagem que sirva pra alguém dar uma risadinha, nem que seja amarela.

30.8.09

Esse Obscuro Objeto de Desejo

Noite quente, o sabor da expectativa transparece nítido no brilho dos olhos, por mais que se tente negar, assuntos delicados estão sobresalentes, postos à prova, faz lembrar Los Hermanos em Último Romance pois "eu encontrei e quis duvidar, tanto cliché deve não ser", mas eu vou com fé. A ansiedade atropela as palavras, cada verbete deve ser cuidadosamente selecionado, todos os efeitos cognitivos possíveis e impossíveis serão atribuídos na tentativa de parecer uma bela pintura, que mereça trinta segundos ou menos de apreciação. São raros os momentos de sorte em que as palavras são tão dispensáveis, pois tudo que diz o olhar não se pode exprimir, nem seria fácil de ser feito se por acaso alguém tentasse, mas ninguém tenta, todos no fundo sabem que quinze passos de mãos dadas são mais verdadeiros que um poema. Todos e agora eu, aqui a delirar deliberadamente não só mais meu somente.

27.8.09

Clube da Metáfora

Se fosse pra eu ser descrito metaforicamente em matéria de sentimento eu gostaria de o ser como uma ferida no céu da boca que sararia se vc parasse de passar a língua, mas não sara porque vc simplesmente não consegue.

Essa metáfora tá no filme Clube da Luta.


21.8.09

"C'est la vie", say the old folks


Quando meu cabelo crescer eu quero ser igual ao John Travolta.

ESPANCA NENÉM

O novo drink do inv(f)erno !
Quarta feira depois de mais um seminário na faculdade (agora é certeza, eu adoro falar em público), que foi bem sucedido e mereceu comemoração. Tá! pelo menos essa foi a desculpa oficial pra encher a cara, e eu confesso, é fato, por mais que você acha que conhece da vida, (mais você está certo meu caro! rumo ao livro de psicologia frajuta!) Mais nos surpreendemos com os efeitos do álcool no sangue das pessoas uns ficam promíscuos, outros responsáveis e voltam pra casa cedo (mãe!), outros revelam seu gosto musical duvidoso, e eu, só fiquei bêbado mesmo , é eu sei meio sem graça isso.
o importante é que eu vim pra fazer a propaganda! conhaque+limão+gelo+fantalaranja= espanca neném, o finalizador de limites.

18.8.09

17.8.09

Delírio

É manhã e repenso

Nas certezas que sustentarão

as mentiras à que me mantenho suspenso

em vão,

Escondo a consciência religiosamente

programada sob a alcunha

ordinária de impotência

Com freqüência

No escuro mais denso me lembro

do gosto vermelho de seu

perfume meu alento alimento

O espanto é adorno do escândalo

e o espasmo que desvela o manto

mostra nu, seu real encanto.

16.8.09

Sim, eu gosto de complicar.

Talvez este seja só mais um discurso retórico pra disfarçar a frieza e o imenso buraco negro que consome tudo dentro do peito, as emoções parece que são o gatilho a disparar um desespero, uma inquietude, um vazio silencioso que grita sem ter voz, que consome sem ser fogo. As vezes encontro pessoas que se encaixam demais no padrão de mulher ideal que inventei pra ser meu par perfeito, porém como diz um amigo meu, tenho medo de quem tem o poder, afinal quem se importa menos tem o poder. Pois daí que trato logo de me afastar como que guiado por um instinto insano de sobrevivência em paz. Insano porque impossível, mas como desejar pra si dor, desespero, angústia? Medo de rejeição? O que importa é que adoece nos vermos em quadro tão patético e de tão anunciados traços, os traços do Amor, ou os destraços dos destroços do Amor. Enfim, a solidão também é dor, mas não se pode culpar a ninguém. porém como o Sol sempre nasce no oriente surge um novo alguém pra semear a dúvida, e pra fazer repensar outra vez, e sonhar acordado. Isso pode ser uma resposta, pode ser um aviso, pode ser um pedido. No fundo são delírios.

15.8.09

Em Suma

A confusão é filha do jeito como ela me olha

Mas ela só me olha

Contemplativo me pego em hipnose pura

Ainda some e olha

A ilusão é filha do jeito como ela me ignora

Mas ela só me sorri

Com o tempo ativo me apego em simbiose crua

De desejo e desengano eu calo

Mas ela só me olha.

14.8.09

Futurismo












Quando o pai do Peter Pan disse que quem não estuda não tem futuro, ele levou ao pé da letra, devia ser péssimo em semântica. O fato é que mesmo quem estuda não tem futuro. melhor mesmo é ficar elíptico no pronome "nós", e deixar "eles", os donos do mundo, nos amarem loucamente. Concordo com George Carlin, o planeta vai bem nós é que estamos fudidos.



_______________________________________
Tirinha retirada de www.malvados.com.br

12.8.09

Humor Lacônico


Eu falo pouco, minha teoria acerca disso é que quem fala pouco pensa muito¹, e quando quem supostamente pensa muito fala, as pessoas prestam mais atenção, o que economiza tempo ao não precisar repetir as mesmas coisas duas (ou mais) vezes.

Nessa linha de economia de tempo, após essa semana muito bem vinda que passei em Fartura, diga-se de passagem jogando tempo fora, ocorreu um fato que me fez pensar.
Estávamos Wendell, Pedro e eu, sentados na mesa de um bar em um domingo arrastado, ambos bêbados, eis que um cara toma nossa atenção por dez minutos contando uma piada, uma piada ruim, o sentimento foi unânime:

- acabei de perder dez minutos da minha vida.

- é isso não volta mais!

- não dá nem pra contar pros netos pense:

- nossa uma vez tava num bar e perdi dez minutos com uma piada ruim!

(neto)- ah é?

(e você)- é.

E por essas e outras que fico quieto.
_____________________________________________________________________
¹- Pensar muito não quer dizer que seja em coisas que prestem.