Tudo bem que eu amo humor negro, mas esse cara é o maior do mundo ! Estrangular a pomba e fazer Alelúia em plena clebração da paz, só pode estar querendo me matar de rir! Amém !
Detalhe pra o duplo twist carpado da ave.
Tudo bem que eu amo humor negro, mas esse cara é o maior do mundo ! Estrangular a pomba e fazer Alelúia em plena clebração da paz, só pode estar querendo me matar de rir! Amém !
Detalhe pra o duplo twist carpado da ave.
Essa observação pertinente acerca do filme WALL-E da Pixar foi primeiramente percebida pelo meu amigo Décio, porém tomo aqui a liberdade de traçar o esboço do raciocínio, enquanto ele mesmo não escreve.
Assisti inúmeras vezes e principio minhas colocações por um elogio as idéias originais dos autores, ou pelo menos as que foram expostas pelo diretor nos comentários. Trata-se da idéia de um robô que ficou sozinho na Terra, e para que isso pudesse acontecer seria preciso que o planeta tivesse se tornado um ambiente inóspito, o que foi fácil de conseguir imaginando a poluição desmesurada que provavelmente aconteceria em uma sociedade de consumo.
Essa idéia, em nossa opinião, faz remissão ao pleno desenvolvimento do capitalismo de mercado e da sociedade de consumo, que provavelmente irá exaurir os recursos naturais do planeta. Outra remissão vem de outra idéia, nascida na Revolução Industrial, de que a mão de obra ficaria a cargo das máquinas, e que o homem, superado o trabalho, poderia se dedicar a outras atividades menos extenuantes. Porém, pode-se concluir que essa sociedade auxiliada por máquinas e adequada ao sistema de consumo, seria uma sociedade exclusivamente de consumidores, e como já foi observado, com o consumo elevado a poluição se eleva, e os recursos rareiam.
Passemos agora a Axion, a nave que as pessoas que puderam fazer seu cruzeiro usaram para escapar da destruição do Planeta. Aqui creio que fica subentendido o fato de que não caberia toda a população mundial em uma nave, e portanto o critério que seria utilizado para fazer o famigerado "cruzeiro de cinco anos" seria, mais uma vez, o econômico, dando a entender que quem não teve recursos pra comprar sua passagem, fatalmente morreu.
Uma vez dentro da nave, o sistema político adotado é praticamente um Socialismo de Estado, já que o "piloto automático" garante a divisão equalizada dos meios de produção da vida dentre seus tripulantes, e não se pode delimitar uma estratificação social. A crítica do filme é pungente quanto a alienação total dos tripulantes feita por meio do controle da tecnologia pelo Auto, que representa os interesses da BnL, o interesse na alienação fica respondido pelo protocolo direcionado aos pilotos automáticos que alerta das condições temerárias em que se encontra a Terra.
Em nossos primeiros contatos com as teorias políticas, à luz do questionamento recorrente da má divisão da sociedade e da desigualdade como um todo, sempre fomos levados a questionar se haveria uma solução para o problema de equilibrar direitos tão antinômicos como a Liberdade e a Igualdade. Uma resposta que valorize os dois direitos parece inatingível, como propõe Bobbio. A resposta mais convincente seria a da Social Democracia, porém sempre que um estado social democrata "divide" a riqueza entre seu Povo, pode-se pensar que há uma diminuição na exploração desse povo, porém, se é verdade que tal grupo de pessoas tem minorado suas mazelas causadas pela lógica do acúmulo de capital, fato também o é, que essa diminuição se trata na verdade de uma transferência do ônus para outros países. Essa é a força motriz da Globalização, porém a transferência da exploração de "mais-valia" é palco pra outra discussão.
No que tange a análise de WALL-E, vislumbramos a resposta pra questão da antinomia supracitada na simbiose entre Social Democracia (entendida como o estado remediando o capitalismo, haja vista que a superação do modelo está descartada) e os meios de manutenção da vida garantidos tecnologicamente propostos no filme. Pensamos que é possível em WALLEMANHA.