18.1.10

Venda

E o tempo flui

Flutua

Tudo vem dado

Contínuo presente passado

Vivo vendado

Inerte, suspenso

Calado

Insatisfeito com tudo

Contudo,

Todo vendado

Fundamenta o imaginário

Vive de planos

ambíguos

Fracassados

Em segundos o plano

B

Vira pano de fundo

É preciso arruinar tudo

Ou apertar o nó da venda

Apertar o nó da venda da alma

8 comentários:

Anônimo disse...

Ah que lindo! ADOREI! ^^
Veio a calhar esse post: estava eu aqui ouvindo "O Rappa", pensando na minha insatisfação. Eterna insatisfação!
No meu caso, ela não é fruto da inércia. Ainda que, em meio ao desespero eu me entregue à inércia e, mesmo assim, continue insatisfeita com o acaso, com o desenrolar natural das coisas.
A acredito também que aquele que mais enxerga é mais insatisfeito que o cego! :)


Enfim...

Beijos!

leandro disse...

o grande dilema, ir com o fluxo quando se tem prazer em nadar contra a maré.

Anônimo disse...

Yeap! That's the point.

Dizem que devemos seguir o rebanho, inertes e apáticos, para que, quando quisermos (ou pudermos) fazer o caminho inverso (nadar contra a maré), possamos percorrer um caminho maior do que o que temos hoje pra percorrer.
Em outras palavras, construir pra destruir. Viver pra reviver. Enfim...

Well...
Já tomei a minha decisão: vou começar a brincar de avestruz, com a ajuda de remedinhos anti-monotonia, como queria Cazuza. rs


Beijos!

decio h disse...

dinheiro é tudo, a não que sejamos mendigos.
vai esmiuçar o poema?

leandro disse...

Melhor deixar assim, os poemas devem ser lidos até perderem o sentido, repetidos até que as palavras se esvaziem.
Este é um sentimento materializado em palavras, pra voltarem a ser sentimentos as palavras devem deixar de ser palavras.

Anônimo disse...

Adoro!

decio h disse...

Vc tem dado em casa?

leandro disse...

Não gosto de jogos de azar, nem de estudar probabilidade.

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